Em meio a relatos de defeitos em aviões Voepass suspende voos

Após o acidente com avião da Voepass matando 62 pessoas em São Paulo, diariamente surgem informações ou denúncias apontando problemas não só na aeronave que caiu, mas em outras em operação. Entre as situações agora surgidas, consta que avião da Voepass que fazia rota para Fernando de Noronha tinha avarias no sistema de degelo, segundo funcionário. Em meio a repercussão por conta do acidente, a companhia Voepass cancelou após a tragédia na última sexta-feira, (9), que vitimou 62 pessoas em Vinhedo, no último fim de semana, todos os voos da rota Fortaleza-Fernando de Noronha-Natal até o dia 31 de agosto.

Segundo a empresa, o motivo é o “contingenciamento da operação”. Conforme o jornal O Globo, o avião que faz a rota pelo Nordeste é um turboélice ATR-42, com capacidade para 48 passageiros. O modelo é menor do que o que caiu em São Paulo e apresentou uma série de problemas de manutenção, o que causou apreensão entre os tripulantes. Em fevereiro um membro da equipe fez uma denúncia para a chefia superior.

O funcionário relatou avarias no avião, incluindo um rasgo no sistema de proteção contra congelamento da asa. Essa foi uma das possíveis causas que levaram ao acidente aéreo na sexta-feira com o ATR-72, segundo O Globo. Na denúncia mostrada pelo jornal, o tripulante diz que o avião, de matrícula PR-PDS, fez desvios e curvas durante o voo, e ao perguntar o motivo, ouviu que seria para desviar de áreas de formação de gelo.

Fotos foram tiradas no dia da denúncia, e mostram rasgos no sistema de descongelamento, que o deixaram inoperante. O sistema é uma borracha que protege a asa e infla para expelir o gelo em caso de formação de cristais. O sistema é considerado um item crítico apenas para a decolagem se houver previsão de formação de gelo na rota. Caso o sistema não esteja funcionando corretamente, o voo é proibido. A formação de gelo depende da altitude e pode acontecer no Nordeste ou no Sul do país.

Na denúncia relatada pelo jornal, o funcionário diz ter ouvido de colegas que o avião também estava com um de quatro freios quebrados, e que o pneu estava com uma “bolha” de 6 centímetros de espessura, correndo risco de estourar durante o pouso. A porta do avião também estava com um vão, suficiente para passar uma mão. Entre pilotos de linha aérea, oque se tem ouvido além de defeitos, má manutenção e problemas nos aviões, é aparente ausência de fiscalização por parte da ANAC – Agência Nacional der Aviação Civil.

 

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