Acusado de matar cantor e balear mais pessoas se apresenta na polícia

Márcio Pereira Viana (24), o “Marcinho”, acusado de ter matado a tiros o cantor Jorge Edson dos Santos Ferreira (27), na madrugada deste domingo (5), e ferir mais duas pessoas, um delas com gravidade, ao perceber o cerco das polícias se entregou no final da tarde dessa segunda-feira (6) a Polícia Civil de Três Lagoas.

“Marcinho” estava foragido desde o crime ocorrido após uma confusão na “Tabacaria do Seu Zé”, em que ele acabou sendo retirado do local pela segurança. A polícia havia requerido sua prisão preventiva e aguardava a decisão da Justiça. De acordo com o delegado Messias Pires, com o mandado, seriam ampliadas as buscas ao acusado. “Marcinho” tem nas costas casos de assalto a mão armada, homicídio, porte ilegal de arma e direção perigosa.

Crime

De acordo com o inquérito sobre o caso, por volta de 3h houve um desentendimento entre clientes da Tabacaria e Márcio foi expulso. Ao ser retirado ele teria dito que “voltaria ao local”, e confirmou a ameaça 30 minutos depois voltando acompanhado de um indivíduo.

Ele teria insistido em entrar na casa, mas o proprietário do local não permitiu. Como havia voltado armado com um revólver lhe passada por um parente, passou a atirar na porta principal, que estava fechada. Os tiros desviaram e atingiram três pessoas, o segurança Fernando Lenquistt Farhat, o funcionário Gilberto dos Santos Ferreira e o cantor Jorge Edson, o Pele Negra, muito conhecido e benquisto na cidade.

Na caça ao criminoso, a polícia prendeu outras duas pessoas por favorecimento pessoal no crime. Geovane de Oliveira, de 22 anos, e David Gomes de Oliveira, 39. Geovane relatou que estava na tabacaria junto com o irmão José Edi Gomes de Oliveira Sobrinho e com “Marcinho”.

Geovane contou ainda ter presenciado o momento em que o atirador se desentendeu com os seguranças e foi retirado do estabelecimento. Geovane foi além afirmando que buscou o revólver, calibre 38 e o entregou a “Marcinho”.

Após a fuzilaria, o jovem foi, conforme relata, ao rancho do tio, David, no bairro Cinturão Verde, e, lá, encontrou José e Márcio. Conforme explicou, o irmão segurava a arma do crime. Depois de algumas horas, ainda segundo Geovane, Márcio e José deixaram o rancho em um automóvel Astra de cor preta.