Acusado de receber propina da Odebrecht, ex-presidente do Peru se mata

O ex-presidente do Peru Alan García morreu na manhã dessa quarta-feira (17) ao disparara um tiro contra a própria cabeça, quando recebia ordem de prisão da polícia. A informação foi confirmada pelo atual mandatário do país, Martín Vizcarra. “Consternado com o falecimento do ex-presidente Alan García. Envio minhas condolências a sua família e entes queridos”, escreveu
.
García era alvo de um pedido de prisão temporária, por dez dias. O ex-presidente era investigado por supostamente ter recebido propina da construtora Odebrecht, segundo o jornal peruano El Comercio. O ex-presidente foi levado ao hospital Casimiro Ulloa, mas não resistiu ao ferimento. Mais cedo, a ministra da Saúde peruana, Zulema Tomás, disse que o político havia sofrido três paradas cardíacas.

Ainda de acordo com o jornal El Comercio, a polícia chegou à casa dele, em Lima, às 6h25 (horário local). Ao ser avisado da prisão, García pediu para falar com seus advogados. Em seguida, os policiais ouviram o disparo, encontraram o ex-presidente ferido e o levaram para o hospital.

García foi presidente do Peru entre 1985 e 1990 e novamente de 2006 a 2011. Como outros membros do alto escalão da América do Sul, ele foi envolvido no escândalo da Odebrecht e estava sob investigação suspeito de recebimento de suborno da gigante de construção brasileira. Ele negava irregularidades.

“Como nenhum documento me menciona e nenhum indício nem evidência me inclui, resta a eles a especulação ou inventar intermediários. Jamais me vendi e está provado”, publicou García no Twitter na manhã de ontem.

No ano passado, García tentou deixar o Peru e solicitou asilo no Uruguai, mas teve o pedido negado. Investigações sobre doações de campanha e subornos pagos pela Odebrecht respingaram sobre os últimos quatro presidentes do Peru e paralisaram grandes projetos de infraestrutura.

Alejandro Toledo (2001-2006) fugiu para os Estados Unidos e enfrenta um pedido de extradição. Ollanta Humala (2011-2016), preso por um ano, agora responde às acusações em liberdade, mas foi impedido de deixar o país. Já o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018) foi preso na semana passada.

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