Além dos milhões na propaganda, governo destina quase 1 milhão para empresa gerir aviões cautelados do MS

O Portal O Jacaré publica hoje detalhada reportagem sobre o gasto milionário do governo Reinaldo Azambuja, de quase R$ 20 milhões, em publicidade rateados entre várias agências que devem fazer o sub-rateio para órgãos de comunicação mostrarem o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, atenção ao servidor público, saúde, educação, segurança etc. Gasto em plena pandemia do coronavírus em que o próprio governo grita por recursos e mais recursos federais. Bem lembrada e colocada a reportagem do Jacaré.

Mas também deve ser lembrada, a contratação pelo governo de MS, por quase R$ 1 Milhão, de uma empresa para gerir o transporte aéreo do Estado. O portal TempoMS fez contato com o responsável pela aviação do governo para tentar entender, mas este não soube responder afirmando desconhecer a contratação.

Não se consegue entender esse Milhão de Reais para uma empresa gerar o transporte aéreo do Estado que gerencia aparentemente seis ou sete aeronaves. Cinco (aviões) apreendidos pela Polícia Federal e cautelados ao Estado com prazo de devolução (5 anos), um helicóptero doado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP, um King Air cedido pela Polícia Federal após ficar algum tempo encostado por ser considerado dispensável pela PF. A aeronave inclusive quando foi cedida precisou passar por todo um processo de regularização de documentos e manutenção perante a ANAC. Propriedade do Estado mesmo, existe apenas o Citation (jatinho) matrícula PP-ESC, descartado pelo governo de Santa Catarina para contenção de gastos e comprado por Mato Grosso do Sul para transporte executivo do governador ou quem ele indicar.

Não se entende a razão de uma empresa para gerir essa “força aérea”, o que até então era feito pelo Gabinete Militar da governadoria e que aos ser consultado na semana passada, sequer sabia da novidade. O detalhe, é que todas as aeronaves “do governo” são pilotadas por oficiais da Polícia Militar, não só as de policiamento e bombeiros, mas as de transporte de secretários e outros (a maioria delas).

Entende-se que a gestora será quem dirá a um major ou coronel coisa tipo “pega o avião tal e vai levar o secretário tal lá em Maracaju”. Entende-se que não deverão mais ser os policiais militares e bombeiros responsáveis pelo trato das aeronaves que tripulam. A Polícia Civil que possui pilotos e mecânicos, está lutando para ter suas aeronaves operacionais, também com aeronaves doadas, mas a gestão pode ser mais um entrave.

Jato executivo comprado de Santa Catarina.
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