Ameaças a ministro do Supremo pode custar vida pública de Marun

O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre o pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que ajuizou uma denúncia popular por crime de responsabilidade contra o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República.

O senador quer que Marun perca a atual função e fique inabilitado para exercer qualquer cargo público por um período de oito anos. Marun já disse que está decidido a se licenciar do cargo para apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, e acusou o ministro de estar abusando de sua autoridade e evidenciando uma posição político-partidária.

Barroso é o relator de inquérito que apura suposto pagamento de propina da empresa Rodrimar a Temer. O caso investiga se a Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos, foi beneficiada pelo decreto assinado pelo presidente em maio do ano passado, que ampliou de 25 para 35 anos as concessões do setor, prorrogáveis por até 70 anos.

Para o senador, “ameaçar publicamente um magistrado de impeachment ou qualquer sorte de retaliação” em razão pura e simples de sua “desejável independência para o regular exercício da judicatura é ofender o sentido mais elementar de um Poder Judiciário independente: aqui, sim, revela-se uma grave crise institucional entre os Poderes, mas em que, em vez de algoz, a magistratura é evidente vítima”.

O caso

Na segunda-feira, durante coletiva de imprensa, Carlos Marun disse que o senador Randolfe “além de mal intencionado, é mal informado”. Procurado pela reportagem, Randolfe disse que não responde a criminosos.

“Não baterei boca com criminosos. Ele (Marun) não tem de atacar a mim, ele tem de responder (ao STF) porque tentou constranger a Justiça”. As informações são do R7. Em Campo Grande recentemente Carlos Marum chamou de vagabundos, um casal de trabalhadores.

No fim de semana durante inauguração do Hospital do Trauma, Marum chamou de cachorros, pessoas que protestaram contra sua pessoa. O protesto se limitou a vaiar o secretário de Temer, mas este respondeu dizendo que “enquanto os cães ladram, a caravana passa”.

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