Árvore é “acusada” em boletim de ocorrência como autora de crime

O registro foi feito pela Polícia Civil depois que uma manga caiu da árvore e danificou o para-brisa de um carro. O erro foi percebido um dia após o registro e o caso acabou arquivado. O episódio em que a árvore foi apontada em um boletim de ocorrência como autora do crime de dano ocorreu em São Sebastião, São Paulo.

O registro foi feito depois que uma manga caiu da árvore e danificou o para-brisa de um carro. O motorista, que estava com o carro da empresa, foi orientado pelos chefes a fazer um boletim de ocorrência para que a franquia do seguro pudesse ser acionada.

No histórico da ocorrência, a “suspeita” é descrita como uma mangueira – que não compareceu ao plantão e tem sexo e cútis ignoradas. Embora não configure o crime de dano – em que o autor nunca pode ser um objeto – o boletim chegou a ser registrado, mas o caso foi arquivado um dia depois.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou em nota que foi feito um BO complementar “para corrigir a natureza do registro anterior para ‘não criminal’, sendo excluída sua autoria”. A SSP informou também que “os policiais civis responsáveis pela elaboração do primeiro boletim” deverão ser ouvidos em âmbito administrativo.

Em Campo Grande

Episódios dessa natureza não são tão incomuns em registros policiais. Em Campo Grande por exemplo, na década de 80 no então 5º Distrito Policial que funcionava no Bairro Guanandi, ocorreram dois registros que chamaram a atenção.

Um deles tratava da morte de um cavaleiro ao cair do animal e foi registrado como “Queda de Burro Mortal”. O segundo, que tratava de caso de acidente de trabalho em que um pintor foi eletrocutado na Avenida Bandeirantes, o caso foi registrado como “Homicídio Acidental”. Ambos posteriormente substituídos quando cópias chegaram na DGPC.