Cerimônia marca fim da intervenção federal na segurança do Rio

Cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira encerrou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. O governador em exercício Francisco Dornelles, o general Braga Netto e o ministro da Justiça, Torquato Jardim, participaram da cerimônia, que aconteceu no Palácio Duque de Caxias.

Em seu discurso, o interventor Braga Netto disse que a intervenção está com a ‘missão cumprida’ e comparou seu trabalho com o da construção de um avião em pleno voo. “Após dez meses de trabalho, a intervenção atingiu todos os objetivos propostos de maneira a recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade. Temos a convicção de que trilhamos um caminho difícil e incerto, mas cumprimos a missão”, declarou.

“O avião chamado intervenção taxiou, decolou, terminamos sua construção a grande altitude e completamos o percurso programado prestes a tocar o solo no destino final”, concluiu o interventor. Segundo as Forças Armadas, até agora foram empenhados 70,22%, do total do montante de R$ 1,2 bilhão destinados à intervenção. A expectativa, segundo a cúpula do Exército, é de conseguir aumentar este percentual para 90% até a próxima segunda-feira (31), quando oficialmente termina a intervenção.

Segundo o general Laelio Soares de Andrade, secretário de administração do Gabinete de Intervenção Federal, há quatro contratos em fase de conclusão. Ele espera que no início da tarde de sexta-feira estejam empenhados mais três helicópteros, sendo dois deles para a Polícia Civil e um para os Bombeiros, além de pistolas para todos os órgãos de Segurança do estado, entre outros equipamentos.

Durante a cerimônia, o interventor Braga Netto e Richard Nunes, secretário de Segurança, receberam a Medalha Tiradentes das mãos de Francisco Dornelles e do presidente em exercício da Alerj, o deputado estadual André Ceciliano.

Oficialmente, a intervenção federal termina na próxima segunda-feira. O regime contará, então, com 319 dias. Houve uma redução de 20% no roubo de cargas, que foi uma prioridade do novo comando. Também houve queda nos números de roubos de rua, a pedestres e de veículos. No entanto, as mortes por intervenção policial e os índices de lesões corporais seguidas de morte aumentaram. Mais de 90 policiais militares foram assassinados em 2018.

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