Covid-19: Força Aérea Brasileira leva ajuda ao extremo norte do país

Para atender populações próximas à fronteira do Brasil com outros países da América do Sul, a Força Aérea Brasileira transportou duas toneladas de equipamentos de saúde para abastecer São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, ambos municípios no Amazonas. Além do material, dez profissionais de saúde foram para as localidades realizar atendimentos.

Dois médicos, sete enfermeiros e um fisioterapeuta atenderão pacientes alocados no Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira, por três semanas. “Apesar de médica neurologista, vamos atuar no suporte clínico base dos pacientes com suspeita de covid, que afeta muito a cidade de São Gabriel da Cachoeira, e ao mesmo tempo dar um suporte de recursos humanos em uma área que já é carente desses profissionais”, contou a primeiro-tenente médica Rebeca Maciel Bizzotto, uma das profissionais a ir para o município.

A aspirante Angélica Berford Leão dos Santos é fisioterapeuta. Ela sente orgulho de participar de uma experiência dessa importância. “Pensar que você está fazendo o bem para outras pessoas é inexplicável, é a melhor sensação do mundo”, complementa.

O lote de equipamentos inclui tanto aparelhos que auxiliam no monitoramento e tratamento da covid-19, quanto materiais de proteção para atender aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente. Esses itens são fundamentais para reduzir o risco de infecção dos profissionais de saúde, que trabalham diretamente com pessoas portadoras do vírus.

O Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira recebeu oito ventiladores pulmonares mecânicos, sete aspiradores portáteis, sete desfibriladores, 4 mil toucas, 3 mil máscaras, 50 óculos para proteção cirúrgica, 15 oxímetros, 6.800 aventais 200 macacões tyvec53 e 300 frascos de álcool em gel de 500ml — totalizando 150 litros do produto.
Para o Hospital de Guarnição de Tabatinga foram encaminhados cinco óculos de proteção cirúrgica; sete aspiradores portáteis; sete desfibriladores; 15 oxímetros; dez ventiladores pulmonares mecânicos; 3 mil aventais descartáveis; 8 mil toucas e 16 mil máscaras.

O estado do Amazonas se encontra em uma situação preocupante em relação à covid-19. No domingo, 79% dos leitos de UTI estavam ocupados. Nos leitos clínicos, a taxa de ocupação era de 56%. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, o estado chegou a 20.913 casos confirmados, com um total de 1.433 mortes.

Em Tabatinga, município que fica a 1.108 quilômetros de Manaus, já são 525 pessoas com o novo coronavírus e 46 mortes confirmadas pela doença. O município de São Gabriel da Cachoeira, também conhecido como Cabeça do Cachorro, o número de pessoas que testaram positivo para a doença é de 366 e 12 pessoas morreram devido ao vírus, até a última atualização. “Esses lugares são, como boa parte do Amazonas, regiões que tem carência de equipamentos e profissionais de saúde. Essa é uma região bem complexa pela logística. O acesso é por avião ou barco, que leva dias. Por terra não é viável”, explicou o capitão-tenente Fabrício Costa.

Apesar dos números alarmantes no estado, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), aponta que o isolamento social, aliado ao uso das máscaras de proteção e das melhorias no sistema de saúde, pode ter salvado pelo menos 2.500 vidas no estado.

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