De dentro da Máxima na Capital, preso aplica uma série de golpes em Três Lagoas

O Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande segue na condição de um dos principais “escritórios do crime” em Mato Grosso do Sul. Dali, partem ordens para crimes de estelionato, roubos, sequestros e as mais variadas “modalidades” de assassinatos, principalmente os do chamado tribunal do crime, determinado por facções criminosas.

No mais recente episódio apurado pela polícia, um interno da Máxima arquitetou um grande golpe vitimando um pecuarista e mais quatro pessoas na cidade de Três Lagoas. Os valores levantados com o golpe não foram revelados pela polícia.

Durante as investigações, o celular do estelionatário foi rastreado, indicando que o golpe foi realizado dentro do presídio de Segurança Máxima, na Capital. A origem do golpe foi descoberta no decorrer da investigação pela Polícia Civil.

De acordo com o delegado encarregado do caso e titular da 1ª DP Três Lagoas, Messias Pires dos Santos Filho, o golpe começou quando foi comprado um chip de celular em nome de uma pessoa idônea, ou seja, o estelionatário usou um CPF aleatório para comprar a linha telefônica.

Com o número em mãos, o segundo passo foi usar a identidade de um pecuarista e advogado com credibilidade no município. O golpista pesquisou na internet e localizou uma foto do pecuarista ao lado da esposa, já falecida. Na sequência, colocou a foto do casal no perfil do whatsapp.

Armado com esse perfil falso de pecuarista e advogado, o golpista passou a contatar os potenciais vítimas. Ainda conforme o delegado, a investigação aponta ligações efetuadas sequencialmente a cada dois minutos, indicando dezenas de possíveis vítimas, incluindo no interior paulista.
Conforme a polícia, o “modus operandi” foi o mesmo, nos cinco golpes aplicados em Três Lagoas. O golpista ligava afirmando estar na fazenda precisando comprar suprimentos agropecuários e assim, simulava uma falsa transferência bancária, na conta das vítimas e enviava o falso comprovante do DOC, via whatsapp.

Passada algumas horas, o golpista aproveitava-se do prazo do DOC (24 horas para compensação) e entrava novamente em contato dizendo que não precisou usar todo o valor depositado e, iria então solicitar que um moto taxista fosse até o endereço da vítima, pegar o “troco” da transferência. O moto taxista que não sabia de nada, depositava o valor do “troco” na conta de um “laranja”.

De acordo com o delegado Messias Pires, um dos falsos depósitos foi de R$ 3.8 mil e a vítima devolveu o troco de R$ 2 mil. Em Três Lagoas a polícia identificou cinco vítimas. Entre farmácias e casas agropecuárias. Em um dos golpes, o gerente da farmácia desconfiou da ação e acionou a Polícia Civil que, passou então, a monitorar o moto taxista contratado para receber o “troco” e depositar na conta do laranja envolvido nos golpes.

Na tarde desta terça-feira (11), o moto taxista foi interceptado pela polícia e encaminhado à delegacia. Diante das informações, foi possível definir que o golpe partiu de dentro do presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande. Pelo serviço, o moto taxista receberia R$ 100.

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