Definida intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro

O presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. O decreto será publicado na manhã desta sexta-feira (16), conforme o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Com a intervenção, o Exército assume a responsabilidade do comando de todas as atividades de segurança na área. A decisão ainda terá que passar pelo Congresso Nacional.

A intervenção também suspende qualquer alteração na Constituição, como, por exemplo, a PEC da Previdência que tinha votação marcada para a semana que vem. A decisão foi tomada após reunião de emergência no Palácio da Alvorada, na noite desta quinta-feira (15). A intervenção na segurança teve a anuência do governador Luiz Fernando Pezão.

O presidente designou como interventor o general Walter Souza Braga Neto, do Comando Militar do Leste. O Congresso Nacional será convocado ainda hoje para apreciar o decreto, como prevê a Constituição. Cabe agora ao presidente do Congresso, Eunício Oliveira, convocar em até 10 dias a sessão para que Câmara e Senado aprovem ou rejeitem a intervenção.

A reunião foi longa e tensa. Participaram o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, os ministros Raul Jungmann, da Defesa, Torquato Jardim, da Justiça, Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, Henrique Meirelles, da Fazenda, Dyogo Oliveira do Planejamento e Moreira Franco, da secretaria geral da presidência. Além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do senado, Eunício Oliveira.

Participantes do encontro relataram que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi, inicialmente, contrário a essa solução para a escalada da violência no Rio. Mas depois foi convencido a aceitar a decisão já que o próprio governador estava de acordo. Não foi definida duração da intervenção, mas que pode seguir até o fim do ano.

A violência no Rio

A reunião, logo após o carnaval, ocorreu em meio à escalada de violência registrada no Rio de Janeiro. Aconteceram arrastões, assaltos nos blocos, pessoas foram roubadas a caminho da Sapucaí, saque a supermercado e vários outros crimes, da Zona Sul até a Zona Norte da capital. Além disso, três PMs foram mortos durante o carnaval.

O governador Luiz Fernando Pezão admitiu que houve falha no planejamento de segurança. “Não estávamos preparados. Houve uma falha nos dois primeiros dias, e depois a gente reforçou aquele policiamento. Mas eu acho que houve um erro nosso”, disse Pezão ainda na quarta-feira (14).

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