Dia de eleição em Portugal com crescimento do Chega

Portugueses vão às urnas neste domingo, (10), com crescimento do Chega, legenda de extrema direita que quer limitar imigração; cerca de 400 mil brasileiros vivem em Portugal, a maior comunidade estrangeira no país europeu. Alto custo de moradia, baixos salários, dificuldade de inserção no mercado de trabalho e preconceito são alguns dos problemas enfrentados pelos brasileiros que vivem em Portugal. Com a maior comunidade estrangeira no país europeu, que conta com cerca de 400 mil pessoas, segundo números oficiais, os brasileiros observam as eleições legislativas em Portugal, neste domingo.

Depois de oito anos de governo de esquerda, os eleitores do país europeu podem optar por uma guinada para o outro lado, com uma possível vitória da Aliança Democrática (AD), coalizão de partidos da chamada direita tradicional. A legenda Chega, de extrema direita, também deve crescer, segundo as pesquisas de opinião.

Com uma retórica antissistema, o carismático André Ventura, de 41 anos, lidera o partido que se tornou a terceira maior força política do país após as eleições legislativas de 2022. Ventura, um advogado de formação que já quis ser padre, ganhou fama por ter atuado como comentarista de futebol e com declarações inflamadas contra diversas minorias, como a comunidade cigana e imigrantes.

O líder do Chega faz do tema imigração uma de suas principais bandeiras. Segundo Ventura, é necessário limitar a imigração porque o alto fluxo de imigrantes está pressionando o sistema de saúde e o setor da habitação. O político também relacionou o número de imigrantes com um aumento da criminalidade em Portugal, discurso que é contestado por especialistas.

O jornalista e professor universitário soteropolitano Paulo Victor Melo, aponta que já ouviu portugueses classificarem a imigração brasileira como “invasão”. “Portugal é um país que ainda não compreendeu a complexidade de todo o processo de violência colonial que o país realizou contra o Brasil e outros países africanos, então há muito preconceito e racismo que se mescla com xenofobia”.

Os portugueses irão às urnas por conta da renúncia do primeiro-ministro António Costa em novembro do ano passado, após denúncias de um escândalo de corrupção relacionado a negócios de lítio e hidrogênio no país. O político optou por essa decisão depois de o Ministério Público de Portugal indiciar um de seus ministros e seu chefe de gabinete.

Os socialistas estão no poder em Portugal desde 2015. Nas últimas eleições, que foram realizadas em janeiro de 2022, a legenda de esquerda conseguiu uma ampla maioria, conquistando 117 cadeiras de 230 possíveis, sem ter que negociar com os outros partidos, como aconteceu nas eleições de 2015 e 2019.

Para 2024, os portugueses ensaiam sinais de que querem uma mudança. De acordo com uma pesquisa de opinião feita pela Universidade Católica para o jornal português Público, a coligação Aliança Democrática (AD), que inclui o Partido Social Democrata (PSD), legenda de centro-direita, e dois partidos de direita, o CDS-Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM), tem 32% das intenções de voto. O Partido Socialista está na segunda colocação, com 28%. Já uma outra enquete feita pelo Instituto Universitário de Lisboa para o jornal Expresso e a emissora SIC coloca os socialistas na liderança com 29%, seguidos pela Aliança Democrática que aparece com 27%.

Compartilhe
Institucional

O Tempo MS News é um portal de notícias online que traz informações relevantes e atualizadas sobre o dia a dia do Mato Grosso do Sul. Com uma equipe de jornalistas experientes e comprometidos em levar ao público as notícias mais importantes do estado, o portal se destaca por oferecer conteúdo de qualidade em tempo real.

Entre em contato

(67) 0000-0000

[email protected]

© Tempo MS News - Todos os direitos reservados, design por Argo Soluções