Divergência entre Suplicy e Gleisi sobre prévias, mostra racha no PT paulistano

O ex-senador, atual vereador Eduardo Suplicy, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, são mais cinco, expôs neste domingo (19) a divisão no processo de escolha do partido para a disputa municipal este ano. Em publicação em rede social, Suplicy criticou a orientação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para que sejam evitadas prévias para a definição do candidato a prefeito em São Paulo.

Avalisada por Lula, Gleisi manifestou a intenção após reunião com dirigentes petistas na sexta-feira (17). “Embora presente à reunião de diretório nacional, e sendo um dos pré-candidatos, nenhum dirigente do partido me orientou sobre esta nova diretriz”, afirmou Suplicy.

“Nos 40 anos de vida no PT, a experiência me mostrou que o intenso debate de ideias no processo democrático das prévias, previsto em nosso regimento, além de saudável, contribuiu para o fortalecimento do partido e nos levou a inúmeras vitórias”, completou, em carta dirigida e Gleisi e publicada em seu perfil no Instagram.

A exposição pública das divergências ocorre na véspera de nova reunião do diretório, prevista para esta segunda-feira (20) para discutir regras de possível prévia da candidatura do PT à prefeitura da capital paulista. Gleisi foi empossada para mais um mandato como presidente nacional do partido. “O nosso esforço é para demover o diretório municipal de fazer prévias, e os pré-candidatos também. Nós queremos chegar a um nível de unidade”, disse ela na sexta.

O PT tem, além de Eduardo Suplicy, os deputados federais Carlos Zarattini, Paulo Teixeira e Alexandre Padilha, o ex-deputado Jilmar Tatto e o ex-vereador Nabil Bonduki na lista de pré-candidatos. Suplicy cita a realização de prévias nas eleições municipais de 1985 e 1986, e na campanha presidencial de 2002, em que disputou a vaga com Lula. Lula segue diretamente envolvido na definição do quadro em São Paulo e trabalha para que o candidato seja escolhido nas próximas semanas.

A orientação do partido é lançar o maior número de candidaturas próprias nas eleições municipais deste ano e trabalhar para evitar prévias e impedir rachas. Segundo Gleisi, o ex-presidente reiterou a tese de que o partido tenha protagonismo nos pleitos municipais e intensifique a oposição ao governo Jair Bolsonaro. Nas eleições municipais passadas, 2016, o PT perdeu mais de metade das cidades que administrava.

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