20/04/2018

Fazendeiro morto na fronteira pode ter sido alvo de represália

É grave o estado do funcionário da Fazenda Canta Galo, localizada nos fundos da Base PRF da BR-463 em Ponta Porã, Ricardo Dias Campos (64). Ele e o dono da fazenda, Luiz Brunetta, de 62 anos, foram atacado a tiros no começo da noite desta quinta-feira (19), quando pistoleiros invadiram a propriedade aparentemente para executar as vítimas. Luiz morreu na hora e Ricardo mesmo ferido conseguiu chegar ao posto da PRF onde pediu ajuda sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

Ricardo foi baleado no peito e antebraço direito. Ele relata que estava junto com o patrão na fazenda que fica nos fundos do Posto Capey da PRF, quando quatro homens armados invadiram a propriedade e atiraram nos dois. Enquanto Ricardo era socorrido pelos Bombeiros acionados pelos policiais, uma equipe da PRF foi até a propriedade onde encontrou o fazendeiro morto.

Durante o ataque os pistoleiros deixaram no local perto do corpo do fazendeiro, um saco com tabletes de maconha. Os policiais rodoviários isolaram o local e acionaram a Polícia Civil e peritos de Ponta Porã para os levantamentos. O corpo foi encaminhado no começo da madrugada para o IML da fronteira.

Suspeita de represália

O caso é investigado e embora a polícia não confirme nem desminta, consta que a primeira linha de investigação é que as vítimas ou uma delas tenha sido alvo de algum tipo de vingança.

A polícia na manhã desta sexta-feira(20) esclareceu uma situação surgida durante os levantamentos no local do crime, em que o fazendeiro seria proprietário de uma frota de caminhões utilizados no transporte de ração. Na realidade, o dono da frota desse tipo, trata-se de Luiz Brunetto que também possui uma fazenda nas proximidades da BR-463, porém no município de Dourados sendo semelhante a aparência fisica de ambos, o que pode ter gerado a confusão. Já a vitima trata-se de Luiz Brunetta.

Já na Fazenda Canta Galo, no ano passado foi preso um integrante de facção criminosa que havia acampado em determinado ponto da propriedade, de onde escondido monitorava com binóculo toda ação da PRF e outras forças em ação no Posto Capeí. Juntando a prisão anterior e apreensão recente de um caminhão para ração, surge a suspeita de algum tipo de represália ou mesmo “recado” por parte do narcotráfico.

Matéria alterada para atualização de informações