Justiça bloqueia e penhora bens de envolvidos em operação que apontou fraudes no Detran

A Justiça através do juiz David de Oliveira Filho, determinou o bloqueio de bens do ex-diretor-presidente do Detran/MS, Gerson Claro. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ele teria contratado uma empresa terceirizada por R$ 7,4 milhões, para realizar, durante seis meses, serviço que já era feito por servidores do Departamento Estadual de Trânsito.

A sentença ainda determina a penhora dos bens do ex-deputado estadual Ary Rigo, pois ele seria o dono da empresa contratada. A defesa dos citados, negou que os clientes tenham envolvimento e informa que está recorrendo.

O ex-deputado Rigo e Gerson Claro foram presos com outras pessoas, durante a Operação Antivírus, coordenada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As detenções ocorreram por suspeitas de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa em contratos do Detran.

O caso

A Operação Antivírus prendeu em agosto do ano passado, seis diretores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), além de servidor estadual, sócio e ex-sócios de empresas de informática e o ex-deputado estadual Ary Rigo. Na ação do Gaeco também foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos gabinetes dos diretores do Detran presos, residência e escritório dos demais presos, residência e gabinete de servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), em três de informática, duas residências de sócios dessas empresas.

Além dos mandados cumpridos, foram apreendidos cerca de R$ 95 mil em posse de um dos investigados, milhares de documentos, computadores, notebooks, tabletes e celulares de todos os apanhados.