LabSenai Sementes prepara-se para demanda com início da safra de soja

Em tempos e condições normais, os meses de junho, julho e agosto, que antecedem o início do plantio da soja no Brasil, são de grande demanda para os laboratórios de análises de sementes. Agora, com o avanço da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), a demanda pela soja deu um salto com os principais compradores do grão produzido no País ampliando as compras para repor os respectivos estoques.

Por isso, o trabalho dos laboratórios de análises de sementes também aumenta com os produtores rurais brasileiros preparando-se para o início da safra 2020/2021. Em Mato Grosso do Sul, o LabSenai Sementes, que integra o complexo do IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Inovação em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), já se prepara para o recebimento de aproximadamente mil análises de sementes, entre julho e dezembro, totalizando uma média de 200 por mês.

Segundo a coordenadora do LabSenai Sementes, Maria Carolina Silva Pego, esse é o momento principal de toda a cadeia de produção de sementes para certificar os controles de todas as etapas da safra, desde a colheita, medindo os dados mecânicos, até o beneficiamento, como secagem, limpeza e tratamento químico das sementes. “Para a produção de sementes de alta qualidade, todas as etapas devem ser medidas e classificadas, otimizando os erros e desvios do processo”, destacou.

Qualidade

Ela completa que os produtores rurais costumam trabalhar com margem de mínima de 90% de germinação para considerar seus lotes como sementes e, o que não passa pelo nosso controle de qualidade, vira grão e tem destino para exportação ou consumo no mercado interno. “As sementes de alta qualidade, vigor, porcentagem de germinação elevada, grau de pureza com umidade certa, definitivamente geram estantes uniformes e mais vigorosos”, ressaltou.

Maria Pego acrescenta que as características desejáveis para uma condução eficiente das lavouras resultam em produtividades maiores a cada safra. “A certificação de sementes por entidades credenciadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), além de atestar a conformidade do processo de produção incluindo informações da origem genética e acompanhamento de gerações, permite apropriar o comércio de sementes ao mercado externo”, reforçou.

Ainda conforme a coordenadora do LabSenai Sementes, o laboratório de sementes conta com oito dos mais modernos germinadores, do tipo mangelsdorf do mercado, que são equipamentos que fornecem a umidade necessária para o desenvolvimento inicial e tem uma capacidade mensal de análise de até 500 amostras. “O total de ensaio pode chegar a 1.600 por mês, sejam eles definitivos, para emissão de BAS (Boletim de Análise de Sementes) ou de controle de qualidade para emissão do IR (Informativo de Resultado)”, finalizou.

Conheça os tipos de ensaios realizados pelo LabSenai Sementes:

1 – Teste de germinação
Seguindo as metodologias oficiais e validadas, o teste de germinação segue as mais rígidas regras de análises de sementes, RAS2009, onde uma parte da amostra recebida pelo laboratório é homogeneizada, analisada e separada em oito repetições, para assim termos uma média estatística da qualidade das sementes, que são germinadas por uma temperatura fixa de 25º por período de no mínimo de cinco dias.

2 – Envelhecimento acelerado
O envelhecimento acelerado, o principal ensaio para o controle de qualidade, simula a situação adversa que uma semente pode passar no campo. Com uma temperatura elevada e constante, a semente é levada a níveis de estresse por períodos prolongados. Com a soja, o período de incubação da semente pode varias de 24h a 48 horas, já em milho a indicação seguida pelo laboratório é de 96 horas.

3 – Análise de pureza
A pureza consista na separação de todas as frações, material inerte, restos de plantas, palha, insetos, sementes sem tegumento, sementes quebradas. É uma análise importante, pois o produtor de sementes consegue o resultado no laudo que indica o índice de pureza do seu trabalho. Torrões de terra e pedra também podem ser encontradas nas amostras analisadas. Todas as amostras possuem peso mínimo de um quilo.

4 – Determinação de outra semente por número
Basicamente é o ensaio que compreende na identificação das sementes de espécies invasoras, dentre as toleradas e as proibidas. O ensaio faz a identificação e quantificação das tolerâncias de sementes de outras espécies que não sejam a da amostra analisada.

5 – Sementes infestadas em milho
A análise visual, realizada com o auxílio de pinças corrugadas, lupas e microscópio, busca a quantificação em porcentagem do número de sementes infestadas por insetos. São utilizadas duas porções de sementes puras, com 100 sementes em casa, sendo uma analisada para encontrar orifícios de entrada de insetos e a outra é umedecida por até 24h para facilitar a realização de um corte transversal para visualização de ovos, larvas, pupas e espaços deixados por pragas de primeiro ou segundo grau em sementes de milho. Altos padrões de qualidade de sementes não toleram valores acima de 3% de sementes infestadas.

6 – Peso de mil sementes
O peso de mil sementes em gramas auxilia o produtor a verificar a recomendação de quantos quilos por hectare devem ser plantados.

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