Moradores dos Bairros Silvia Regina, Jardim das Reginas e proximidades em Campo Grande, estão sendo vítimas de arrastões cometidos por ladrões de fios da rede elétrica. Os marginais agem em plena luz do dia furtando a fiação que liga a rede pública aos imóveis e em alguns casos até mesmo de residências.
Os ataques estariam sendo encabeçados por ladrão alto, moreno e que circula pela região com mochila nas costas. Aparentemente ele “estuda” a movimentação na área e age quase sempre no horário de almoço ou começo da noite.
Só nessa segunda-feira (1º), quatro residências uma próxima a outra tiveram a fiação da rede externa furtada. Algumas vítimas estavam fora de casa e só perceberam o estrago quando voltaram. No sábado, uma vítima assistia televisão quando “acabou a luz”, mas percebeu o furto na manhã de domingo ao ver a fiação cortada.
O problema na região acontece de forma continuada já há mais de 15 dias. Nem mesmo uma vila de quartos existente na rua Catende escapou do “corte” atribuído inicialmente à fornecedora até o dia seguinte quando constatado fiação cortada e padrão estourado.
Fios queimando
Alguns moradores acreditam que o ladrão ou ladrões sejam frequentadores ou moradores na área. A suspeita acontece pois seguidamente é sentido no final de tarde forte odor de fio queimando, sendo esta a característica de ladrão de fios por perto.
Compradores impunes
Para a maioria das vítimas nesse tipo de crime e mesmo para experientes policiais, além do preço atrativo do cobre, a impunidade da segunda e principal parte do crime, o comprador ficar quase sempre ileso. Definido como receptador o indivíduo ou empresa que compra o fio furtado ou roubado, nem sempre é alcançado pela polícia e quando isso acontece, o peso da lei quase sempre é ameno.
Quando o receptador é descoberto, e preso tem o produto do crime apreendido, o estabelecimento passa por uma revista de momento e nada mais. Após autuação por receptação, pouco tempo depois, existem casos de no mesmo dia ser libertado e segue comprando fios e cabos de origem desconhecida, mas que a característica do vendedor e do produto não deixam dúvidas sobre a origem, mas o comprador sempre se vale do alegar “nem imaginar” que seria objeto de furto, porém muitas das vezes oferta e paga preço bem aquém do real, o que não seria aceito pelo vendedor caso o produto tivesse origem lícita.
Recentemente a Guarda Civil Metropolitana – GCM e polícia realizaram operação sobre furtos de fios e cabos. Em um estabelecimento de compra e venda – ferro velho – foi apreendida carga milionária de fios de cobre já prensados na forma de fardos para serem revendidos e enviados a São Paulo.
Não se sabe se a mercadoria segue apreendida ou já foi devolvida ao receptador, se comprovou a origem, mostrou quem era o vendedor ou se continua preso. Também não existe notícia de estabelecimento apanhado com fios furtados/roubados, mesmo os clandestinos, que são muitos, tenha passado por alguma providência por parte da prefeitura em termos de fechamento ou outras.
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