Marcelo Freixo diz que polícia investiga deputados do MDB por execução de Marielle

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse, em entrevista à Veja, que três políticos do MDB são investigados pelas execuções da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março. Edson Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo estão presos desde o ano passado, acusados de envolvimento em uma máfia de empresários de ônibus.

No dia 14 de junho, ainda de acordo com a Veja, os delegados Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios, e Giniton Lages, responsável pelas investigações, perguntaram a Marcelo Freixo e aos procuradores do Ministério Público Federal se eles aceitariam depor para falar sobre os três emedebistas. Todos aceitaram. Freixo, contudo, disse que ainda não foi chamado para depoimento e não descarta a participação de Albertassi, Picciani e Melo na execução de Marielle. “É assustador, mas não posso eliminar nenhuma possibilidade”.

Conforme a revista, a linha de investigação apontaria para uma vingança dos parlamentares do MDB, que queriam atingir Marcelo Freixo por meio de sua afilhada política, sendo que Marielle trabalhou no gabinete do deputado do PSOL.

Os políticos do MDB, de acordo com investigação policial, teriam atribuído suas prisões ao deputado psolista. Em ação judicial protocolada por Freixo, a Justiça impediu que Edson Albertassi disputasse cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado. Caso tivesse ido para o TCE, processos judiciais contra o emedebista iriam para o Superior Tribunal de Justiça. Denunciados no mesmo processo também usufruiriam de tal benefício. Marielle Franco foi executada no dia 14 de março e caso ainda não foi solucionado.

Jungmann aponta agentes do estado

Sem definir quais, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou na última terça-feira (7) à Globo News, que as dificuldades para o esclarecimento das mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes ocorrem por conta do envolvimento de agentes do estado e políticos no crime.

Fonte: JBonline