Modelo de helicóptero apreendido ontem no MS está em “liquidação” no Brasil e entrou na mira do narcotráfico

Grande parte da frota brasileira dos helicópteros modelo R-44, igual o apreendido ontem pela Polícia Militar transportando cocaína, está sendo vendida às pressas e com isso sendo utilizada no narcotráfico. É que o modelo em breve sairá de circulação legal por conta de uma exigência de determinada manutenção por parte do fabricante fazendo com que sua operação no Brasil esteja vencendo ainda este ano. Por considerar a manutenção recomendada ou exigida extremamente cara, os proprietários optaram pela venda.

Por conta disso a frota legal brasileira está sendo vendida por preço bem aquém do real. Proprietários particulares escolas de pilotagem e empresas estão procurando vender suas aeronaves o mais rápido possível. Com o baixo valor para aquisição, fácil manutenção e operação, a aeronave passou a ser a menina a dos olhos dos narcotraficantes. Entre as vantagens definidas pelo narcotráfico está que caso a aeronave venha a ser apreendida ou precise ser abanonada, o prejuízo será pequeno.

Em um ano em todo o Brasil e no Paraguai, foram apreendidos vários helicópteros R-44, sendo usados no narcotráfico, inclusive na região entre Ribas do Rio Pardo e Água Clara, aeronave trazida para Campo Grande pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado – DECO. Para mascarar a destinação da aeronave, compradores afirmam que o uso será em garimpo, o que seria uma forma de não chamar a atenção para o lado criminoso do negócio.

Serviços de Inteligência policial estimam que dezenas de aeronaves desse tipo ainda serão apreendidas em uso pelo narcotráfico em diferentes estados, principalmente nos fronteiriços com Bolívia, Paraguai, Colômbia e Venezuela. Não fica de fora, a chamada Rota Caipira da qual se incluem partes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas, com finalização no estado de São Paulo onde após pouso em pontos clandestinos, quase sempre canaviais, as drogas, principalmente cocaína são transferidas para o transporte rodoviário e até lanchas.

Piloto irregular

O piloto João Benedito Mello Alves Filho, de 56 anos, que conduzia o R-44 matrícula PP-MZY, estava tão irregular quanto a carga que transportava. A habilitação dele para pilotar está vencida desde o ano de 2.016 e o de saúde desde 2.014.

Apreendido em Naviraí deve ser trazido para Campo Grande.
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