Operação de guerra contra facção em presídio do Paraguai deixa policial e presos mortos e feridos

Mais de 2.000 policiais e militares foram mobilizados nesta segunda-feira na Operação Veneratio, após o vazamento da intervenção. Longe de recuar diante do motim dos presos, a delegação interinstitucional formada pelos ministérios do Interior, da Defesa, da Justiça e da Secretaria Nacional de Inteligência decidiu entrar à força em Tacumbú.

A entrada das forças de segurança foi realizada cinco dias após uma importante busca, na qual agentes de inteligência supostamente atuaram como parte dos preparativos da megaoperação. Nesta segunda-feira, (18), a polícia entrou na prisão, onde os guardas prisionais foram os últimos a receber informações, tendo em conta a proximidade que têm com os reclusos e dados os casos de corrupção que surgiram recentemente, como o caso da prisão de Ciudad, do leste.

No interior do presídio ocorreram confrontos que terminaram com a morte de sete presos e de um policial do Grupo Lince. Da mesma forma, cerca de 50 pessoas ficaram feridas, entre presidiários e funcionários uniformizados. No entorno do presídio familiares de presidiários, em sua maioria mulheres que, chorando e gritando, exigiam acesso à área prisional.

O objetivo principal era chegar ao pavilhão D, onde se localizava o clã Rotela junto com mais de 100 presos, que serviram de primeiro cordão de segurança. A delegação avançou portão por portão até a região do Getsêmani, onde Rotela estava escondido na companhia de uma mulher grávida. A essa altura ele já estava sem seu esquema de segurança Jungle, cujos integrantes haviam estabelecido um perímetro na cobertura e no pavilhão central. Ao ficar sem proteção, tentou negociar sua entrega, mas foi reduzido pela força de segurança, segundo informou o chefe do Antisequestro da Polícia Nacional, Nimio Cardozo.

Durante a operação foram apreendidas diversas armas, desde revólveres e espingardas a dinamite gel, bem como estupefacientes. No total, foram transferidas cerca de 700 pessoas, o que por sua vez serviu para descongestionar a prisão, onde havia cerca de 2.800 presos, quando a sua capacidade é praticamente metade.

Segundo o comissário Nimio Cardozo, durante mais de três meses a movimentação dos presos, seu comportamento em resposta às buscas e tudo o que esteve envolvido no motim de outubro passado, quando o clã Rotela fez reféns os funcionários penitenciários, inclusive o diretor, Adán Jesús González Alvarez.

Um grande número de presos respondeu ao clã Rotela, seja por medo ou por simpatia com o grupo que dominava Tacumbú, daí a necessidade de isolar seu líder, a fim de enfraquecer sua rede criminosa que se dedica ao tráfico de drogas e aos assassinatos tanto dentro como fora das prisões. Desde que foi recolhido ao Presídio Tacumbú, há cerca de sete anos, o poder de Armando Javier Rotela cresceu dentro e fora da prisão. Após várias tentativas de transferência e de enfraquecimento da sua rede criminosa, o líder do clã Rotela foi levado para outra prisão, onde se supõe que haja maior segurança.

Cerca de 700 internos foram transferidos.

Compartilhe
Institucional

O Tempo MS News é um portal de notícias online que traz informações relevantes e atualizadas sobre o dia a dia do Mato Grosso do Sul. Com uma equipe de jornalistas experientes e comprometidos em levar ao público as notícias mais importantes do estado, o portal se destaca por oferecer conteúdo de qualidade em tempo real.

Entre em contato

(67) 99135-7483

[email protected]

© Tempo MS News - Todos os direitos reservados, design por Argo Soluções