PF faz super operação com ações no Brasil e no Paraguai e apreende patrimônio do tráfico avaliado em R$ 230 milhões

Antônio Coca

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (11), a Operação Status com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Trata-se de mais uma ação do órgão no cumprimento das diretrizes de descapitalização patrimonial do crime organizado, cooperação internacional e prisão de lideranças.

Estão sendo sequestrados mais de R$ 230 milhões em patrimônio do tráfico de drogas no Brasil e no Paraguai. No Brasil estão sendo sequestrados e apreendidos 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves, cujos valores somados atingem R$ 80 milhões em patrimônio adquirido pelos líderes da Organização Criminosa.

Luxo e ostentação, a marca das quadrilhas.

A Operação Status se destaca também por ser um modelo de cooperação internacional entre a Polícia Federal e a SENAD/Paraguai, ressaltando que, somente em solo paraguaio, estão sendo sequestrados dez imóveis, no valor aproximado de R$ 150 milhões.

Policiais federais cumprem, também, oito mandados de prisão preventiva e 42 mandados de busca e apreensão, além das ordens de sequestro já mencionadas, todas expedidas pela 5ª Vara Federal em Campo Grande.

Lideranças presas ao amanhecer.

No Brasil, as ordens judicais são cumpridas por policiais federais nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. No Paraguai ocorre o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em coordenação com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, em doze locais nas cidades de Assunção e Pedro Juan Caballero.

O esquema criminoso investigado tinha como ponto principal a lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de empresas de “laranjas” e empresas de fachada, dentre as quais havia construtoras, administradoras de imóveis, lojas de veículos de luxo, dentre outras. A estrutura, especializada na lavagem de grandes volumes de valores ilícitos, também contava com uma rede de doleiros sediados no Paraguai, com operadores em cidades brasileiras como Curitiba, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.

A operação foi batizada de “Status” em alusão à ostentação de alto padrão de vida mantida pelos líderes da organização criminosa, com participações em eventos de arrancadas com veículos esportivos de alto valor, contratação de artistas famosos para eventos pessoais e residências de luxo.

Mandados

Em Campo Grande são 14 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva; Ponta Porã nove mandados de busca e apreensão;
Dourados dois mandados de busca e apreensão; Cuiabá/MT três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva; Barra do Garças/MT – duas fazendas com mandado de busca e apreensão; Primavera do Leste/MT – dois mandados de busca e apreensão;
Curitiba quatro mandados de busca e apreensão; Londrina/PR um mandado de busca e apreensão; São Paulo/SP cinco mandados de busca e apreensão; Rio de Janeiro um mandado de busca e apreensão.

O órgão segue aplicando diretrizes de combate ao crime organizado, como a descapitalização das grandes organizações criminosas, asfixiando financeiramente as quadrilhas.

Robson Louribal Alcaraz Ajala, contador da organização criminosa.
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