Polícia Civil prende servidor da Sefaz que desviava e vendia material de escritório da Secretaria para gráficas

Um servidor da Secretaria da fazenda de Mato Grosso do Sul, acabou preso por conta de inquérito policial instaurado pela 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande para apurar crime de peculato cometido na Sefaz. O servidor descoberto e preso, contava com mais de 20 anos na SEFAZ

A investigação apontou que houve denúncia de várias pessoas, inclusive de vizinhos do servidor, de que ele realizava descarga de materiais desviados do órgão público. Durante a investigação a Polícia Civil conseguiu imagens comprovando os ilícitos praticados pelo servidor.

O delegado encarregado do caso requereu ao judiciário mandado de busca e apreensão domiciliar prontamente deferido pelo juiz criminal da 1ª vara de Campo Grande. Na manhã desta quinta-feira (13), policiais da 3ª DP realizaram o cumprimento de busca e apreensão onde apreenderam várias cargas de papel sulfite e produtos de almoxarifado. O autor aproveitava o uso de carros oficiais para fazer o transporte do material. Um veículo oficial também foi apreendido.

O funcionário público, lotado a mais de 20 anos na Secretaria de Fazenda, confessou o crime e disse que desviava grandes quantidades de resmas de papel sulfite a mais de 2 anos, e as revendia para gráficas e editoras da Capital. Ele afirmou ainda que já possuía uma rede a qual fazia o abastecimento, gerando uma “renda extra”, e justificou a ação por ter problemas de saúde, bem como sua esposa.

Além de materiais provenientes de órgãos públicos como canetas e papéis de envelope, os policiais apreenderam ainda, R$ 4 mil em dinheiro. Ele afirmou que parte do dinheiro resultou das vendas destes produtos.

De acordo com o delegado Ricardo Bernadinelli, responsável pela conclusão do caso, o servidor público foi indiciado pelo crime de peculato – que é o crime contra a administração pública praticado por servidor público – na modalidade desvio. Ele afirmou ainda que espera concluir a investigação o mais breve possível para encaminhar ao judiciário.

“A investigação prossegue, porém ele não permaneceu preso pois não estava em situação de flagrante e responderá ao processo em liberdade, mas já foi indiciado na data de hoje e o dinheiro vai ficar à disposição da justiça. Se condenado, ele pode pegar uma pena de até 12 anos de prisão”, explicou.

“Esperamos uma condenação exemplar por esperar o zelo com a coisa pública. Como servidor público o exemplo tem que ser dado. Todo mau uso de bens públicos, do desvio, da apropriação, ela tem que ser extremamente reprimida para se dar o exemplo para a sociedade”, defendeu o delegado.

A Polícia não confirma nem desmente que agora a investigação está direcionada para os receptadores pessoas físicas e jurídicas que compravam materiais desviados. Empresas por exemplo, se comprovada a compra pode ficar impedidas de negociar com órgão público. A identificação dos receptadores ainda não foi divulgada.

Delegado Ricardo Bernadinelli, encarregado do caso.
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