Polícia paraguaia ainda não entregou menina sequestrada para polícia brasileira

Antônio Coca

Policiais brasileiros que aguardavam a menina brasileira que foi sequestrada na madrugada de ontem (2) em Ponta Porã e localizada hoje na Colônia Estrela a cerca de 30 quilômetros de Pedro Juan Caballero voltaram para a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de “mãos abanando”. É que as autoridades paraguaias resolveram submeter a menina ao exame de corpo de delito, a uma conversa com uma psicóloga forense e a uma audiência com o Ministério Público do Departamento de Amambay.

Uma policial que teve contato com a criança sequestrada por Juliano dos Santos Cabral depois de ter sido abusada sexualmente, disse ao Ponta Porã News que ele está bastante assustada e que o ideal seria traze-la para Ponta Porã, onde uma rede de assistência com psicólogos, médicos, assistentes sociais, conselheiros tutelares e policiais já está montada para recebe-la.

“Esta demora pode causar danos para a criança que já está fragilizada com tudo que aconteceu e traze-la para perto da família seria muito importante neste momento”, disse policial que pediu para não ser identificada.

Já a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher, Marianne Cristini de Souza, disse que as autoridades paraguaias estão cumprindo o protocolo para estes casos e querem saber se a menina sofreu abuso quando estava naquele país.

Marianne contou que o Consulado Brasileiro em Pedro Juan Caballero colocou um advogado à disposição e que assim que menina for entregue para as autoridades brasileiras ela vai encaminhar a crianças para a rede de assistência que foi montada. A delegada disse que esteve com a criança e que conversou pouco com ela, mas notou que ela está assustada com toda a situação e o ideal seria ela vir o mais rápido possível para o Brasil.

A policial disse que está analisando a conduta da mãe em relação ao abuso sofrido e ao sequestro da criança e somente depois vai definir se pede ou não a prisão dela ou uma medida cautelar. Em relação ao homem que foi preso com a criança a delegada disse que a prioridade neste momento é a menina e que a Polícia Nacional e as autoridades do Paraguai irão expulsa-lo do país se entenderem que ele não cometeu nenhum crime em território paraguaio e entregue para a polícia brasileira.

Juliano, o criminoso, também segue em mãos da polícia paraguaia.
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