Prefeitura define medidas preventivas ao coronavírus e suspende aulas

A Prefeitura de Campo Grande definiu os procedimentos a serem adotados para a prevenção do coronavírus (Covid-19) no município, através de um decreto embasado nas diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). O documento deve ser publicado na edição desta segunda-feira (16) do Diário Oficial do Município (Diogrande).

Entre as determinações previstas no decreto está a suspensão das aulas em toda a Rede Municipal de Educação, o que incluí escolas de ensino fundamental e infantil. A medida deve entrar em vigor somente a partir do dia 18 de março com prazo de vigência de 15 dias, podendo ser prorrogada caso haja determinação das autoridades em saúde do município.

Os eventos de massa (grandes eventos) – governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais e religiosos e outros com concentração acima de 100 pessoas também devem ser suspensos ou adiados. A exceção é para eventos que possam ocorrer sem a presença de público, como campeonato de futebol, mas estes só poderão ser realizados com portões fechados impreterivelmente, sob pena de penalidade cível e criminal.

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, destaca que as medidas são necessárias para evitar a disseminação da doença, mas ele reforça que o município está preparado e todas as medidas necessárias já foram estabelecidas.

“Não há motivo para pânico. Campo Grande possuí uma estrutura de saúde robusta, com dez unidades de urgência e 71 unidades básicas de saúde, que está preparada para enfrentar essa doença. Além disso, estamos reforçando a disponibilização de leitos junto a rede hospitalar conveniada para conseguir atender o eventual aumento de casos graves. Estamos agindo antecipadamente a fim de resguardar a saúde de nossa população, portanto tais medidas são necessárias”, disse.

Na última semana houve anúncio da disponibilização de mais de 100 leitos de retaguarda para casos de dengue e Covid-19 junto ao Hospital do Pênfigo e o Hospital Regional Rosa Pedrossian, através de uma parceria com o Governo do Estado. Outras alternativas estão sendo estudadas para ampliar a disponibilização de leitos, caso haja necessidade. Outros detalhes sobre o decreto devem ser anunciados amanhã a partir da publicação no Diário Oficial do Município.

Recomendação sobre atendimento

Uma das recomendações é para que os pacientes que estiverem apresentando sintomas respiratórios procurem preferencialmente uma unidade básica e de saúde da família, ao invés de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para evitar ficar exposto a outras doenças.
O secretário reforça que estas unidades estão aptas a atender os pacientes, inclusive para fazer o primeiro diagnóstico da doença.

“É importante reforçar que neste momento, a orientação é para que o paciente só procure a unidade de saúde se realmente tiverem apresentado um quadro moderado, não havendo necessidade de buscar esse atendimento caso não haja esses sintomas mais definidos”, pondera.

Ele destaca ainda que quem tiver com sintomas respiratórios deve evitar sair de casa, utilizar ônibus, ir para a escola e até mesmo trabalhar até que os sintomas diminuam.

“Essa recomendação é voltada principalmente para a população acima de 60 anos que está mais suscetível a doença, por eventualmente já apresentar um outro quadro de debilidade, como problema cardíaco, hipertensão, entre outros fatores. Por isso os idosos devem evitar locais com aglomeração de pessoas e preferencialmente ficar em casa”, disse.

Materiais e insumos

Na segunda-feira está prevista uma reunião com representantes do Ministério Público Estadual (MPE) para discutir a situação dos materiais e insumos da rede municipal de saúde. Uma das preocupações é de que os materiais comecem a faltar, diante da alta demanda e contingenciamento feito pela indústria.

O município, inclusive, enfrenta uma dificuldade para obtenção de máscaras, diante do pedido de realinhamento de preço feito pela empresa responsável por fornecer o material. Até então, uma caixa com 50 pares de luvas máscaras era adquirida por R$3,99 e atualmente a empresa quer receber R$126 pelo mesmo produto.

Medidas de prevenção

Desde o mês passado a Sesau vem intensificando as medidas de prevenção e contenção da doença, através da implementação de um Plano de Contigência Municipal do Covid-19 e definição de protocolos e notas técnicas com orientações para os profissionais.

Foi instituído ainda um serviço de teleinfectologia onde, inicialmente, os profissionais médicos da rede poderão tirar dúvidas com especialistas (infectologistas) sobre casos suspeitos de coronavírus, dengue, entre outras doenças infecto-parasitárias, auxiliando assim na melhoria e qualificando o atendimento prestado à população.

Fonte: Assessoria/PMCG

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