Preso ex-governador Beto Richa, do Paraná

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã desta sexta-feira (25), em sua casa, em Curitiba. Ele está com prisão preventiva decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba. Também foi preso Dirceu Pupo, ex-contador de Fernanda Richa, esposa do ex-governador. Os celulares dos dois investigados também foram aprendidos.

A prisão é um desdobramento da Operação Integração, uma das fases da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na concessão de rodovias do Anel de Integração, no interior do Paraná. De acordo com as investigações, o ex-governador Beto Richa foi beneficiário de pelo menos R$ 2,7 milhões em propinas pagas em espécie pelas concessionárias de pedágio do Paraná e por outras empresas que mantinham interesses no governo.

Consta que parte do dinheiro (R$ 142 mil) foi lavada por meio de depósitos feitos em favor da empresa Ocaporã Administradora de Bens LTDA, que estava em nome de Fernanda Richa e seus filhos, porém, segundo o Ministério Público Federal (MPF), a empresa era controlada por Beto Richa.

O restante do valor (cerca de R$ 2,6 milhões) foi lavado com o auxílio de Dirceu Pupo por meio da aquisição de imóveis. Para ocultar a origem ilícita dos recursos, segundo MPF, Pupo solicitava que os vendedores lavrassem escrituras públicas de compra e venda com um valor menor, e a diferença era paga em espécie.

Os pedidos de prisão foram feitos pelo MPF com base, entre outros elementos, no depoimento de Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Paraná (DER/PR). Ele teria detalhado a participação do ex-governador e de sua cúpula política no comando das negociações e arrecadação de vantagens indevidas junto às empresas concessionárias de pedágio.

A decisão aponta, entre outros itens, que o filho de Beto Richa, André Richa, teria sido beneficiado com, pelo menos, R$ 2,5 milhões, em dinheiro vivo, que foram usados para aquisição de, pelo menos três imóveis. Estes foram registrados em nome da empresa Ocaporã Administradora de Bens LTDA, que formalmente pertence a Fernanda Richa e seus filhos, Marcelo e André. A administração era conduzida por Dirceu Pupo. Beto Richa é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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