Presos em Paranaíba, piloto e vigia são trazidos para a Capital

O piloto Edmur Guimarra Bernardes e o vigia do aeroporto de Paranaíba, Idevan Silva de Oliveira, presos esta manhã por policiais da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado – DECO, estão sendo transferidos para Campo Grande. Os dois tiveram prisão temporária requerida pela delegada titular da DECO, Ana Claudia Marques Medina e decretada pelo judiciário.

As prisões foram requeridas no decorrer da Operação Ícaro na fase Rota Caipira – que trata do emprego de aeronaves no narcotráfico na rota Bolívia/Centro Oeste/parte de Minas e interior paulista – intensificada após ser denunciado roubo da aeronave matrícula PR-NAL, por volta de 6h do dia 18 mediante suposto sequestro do piloto obrigado a decolar acompanhado de homens encapuzados.

O roubo do avião e desaparecimento do piloto era investigado pela Polícia Civil que havia acionado a Polícia Federal, quando no escurecer do dia 19 – horário limite para pouso de aeronave em voo visual – de surpresa, inclusive sem contato com controle de tráfego aéreo Edmur pousou com a aeronave roubada no aeroporto de Caceres, Mato Grosso, fronteira com a Bolívia.

Ao prestar declarações na Polícia Federal em Cáceres, Edmur afirmou que aproveitou um descuido de seus sequestradores e fugiu em seguida dando partida no avião e decolado de volta ao Brasil. Ainda no mesmo dia após contato da PF e coordenação com a DECO e 1ª DP de Paranaíba, Edmur foi autorizado a voltar com a aeronave para Parnaíba onde chegou no final da manhã do dia 20.

A aeronave foi apreendida junto com objetos de interesse de investigação e preservadas até a chegada da equipe da DECO para perícias e andamento das demais investigações. A partir de então os policiais passaram a analisar as explicações do piloto na PF de Cáceres, posteriormente na Polícia Civil em Paranaíba e suas declarações à imprensa sobre ter sido sequestrado em sua casa e sob “escolta” de desconhecidos ir ao Paraguai e de lá para a Bolívia levando liderança de facção criminosa.

Nada bateu

Durante a reprodução simulada (reconstituição) do crime, os investigadores da DECO e DP de Paranaíba constataram uma contradição atrás da outra, ou simplesmente que nas afirmações de Edmur e do vigia Idevan nada batia. Com isso e diante do interesse da investigação, a delegada Medina representou pelas prisões temporárias e ainda buscas e apreensões, envolvendo residências, hangares e uma fazenda com o intuito de que efetivamente se esclarecer o caso.

Nada que Edmur disse ter acontecido na casa ou aeroporto bateu na reconstituição.
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