Prisão de Richa pode mudar eleições no governo e senado no Paraná

Foram presos, na manhã desta terça-feira (11), o ex-governador e candidato ao senado Beto Richa, sua esposa Fernanda Richa. A prisão do ex-governador ocorreu por conta da operação Patrulha Rural, do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná.

Por volta das 5h50, policiais já estavam no apartamento do casal no bairro Mossunguê, em Curitiba, onde permanecem. A ação do Gaeco faz parte da operação Patrulha Rural e as prisões são temporárias, ou seja, por cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco.

Os mandados foram cumpridos a mando do juiz Fernando Fischer, da 13º Vara de Curitiba. O ex-secretário Deonilson Roldo também foi preso na operação do Gaeco.

Viaturas do Gaeco também estão na casa do ex-secretário alvo da operação. Em nota, a governadora e candidata à reeleição Cida Borghetti informou que não aceita desvio de conduta e que a operação faz parte de uma ação de combate a fraudes em licitações.

“Piloto”

Simultaneamente, a casa do ex-governador foi alvo de mandados de busca e apreensão da 53ª fase da Operação Lava Jato, que investiga propinas supostamente feitas pelo setor de operações estruturadas da empreiteira Odebrecht.

Além de Curitiba, a PF cumpre 36 ordens judiciais em Salvador, São Paulo, Lupianópolis (PR) e Colombo (PR). O objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados no Estado Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada. O nome da operação foi dado em referência ao apelido de Richa na planilha da empreiteira.