Secretário de Desenvolvimento Econômico de MS reforça que indústrias da alimentação não podem parar

O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, reforçou, neste sábado (21), que as indústrias de alimentação de Mato Grosso do Sul e toda a cadeia que integra a produção de alimentos no Estado não devem suspender o funcionamento para afastar qualquer risco de desabastecimento dos supermercados e atacadistas em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“As indústrias alimentícias e toda a cadeia que faz parte da produção de alimentos são serviços essenciais e não podem parar. Para isso, o Governo do Estado vai garantir uma estrutura logística e operacional para que a população que cumpre as medidas de isolamento, dentro de suas casas, não sofra com a falta de abastecimento nos supermercados e nem haja pânico”, declarou Jaime Verruck.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, o Governo do Estado também considera como serviços essenciais, além da produção e comercialização de alimentos, a geração e distribuição de energia elétrica, o abastecimento de água potável e a venda de combustíveis. “Sem as indústrias de alimentos e de toda a cadeia que envolve essas indústrias, não teremos reposição nos supermercados e nem de alimentos in natura. Então estamos fazendo uma estrutura muito grande para manter a logística e a produção para que esses alimentos continuem chegando aos supermercados e atacadistas dos nossos 79 municípios”, afirmou.

Ele lembrou que também é importante que estejam funcionando as empresas que abastecem as indústrias alimentícias. “Quando pensamos na indústria alimentícia, temos toda uma cadeia por trás, que também não pode parar porque a indústria precisa receber insumos, embalagens. Percebemos nesses últimos dias um boom no consumo de biscoitos, então é importante que haja óleo, farinha, sal, açúcar, manteiga disponível para a produção desses produtos”, destacou.

No entanto, Jaime Verruck acrescenta que é fundamental que as empresas adotem as medidas determinadas pelo Ministério da Saúde para evitar a contaminação e disseminação do novo coronavírus entre os seus colaboradores. “É preciso verificar o espaçamento entre os industriários, cuidar da entrada e saída das pessoas, principalmente agora com a suspensão dos serviços de transporte coletivo urbano em Campo Grande. Tudo isso para garantir que as pessoas que podem ficar em suas casas fazendo o isolamento necessário tenham a tranquilidade de saber que tem comida nos supermercados”, pontuou.

Presidência da República

Na mesma linha de argumento, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, em conferência realizada com empresários na tarde de ontem (20), que a “nossa economia não pode parar” e elencou a produção de alimentos como primordial para que o País enfrente a pandemia do novo coronavírus. “Nossa economia não pode parar, no tocante à produção de alimento”, disse, criticando a posição de governadores, como a de Wilson Witzel, de fechar as fronteiras do Rio de Janeiro para voos e ônibus.

“Não procede algumas medidas tomadas por algumas autoridades pelo Brasil, como fechar os aeroportos e as estradas”, afirma Bolsonaro. O presidente afirmou ainda que as emendas parlamentares, que somam R$ 8 bilhões, serão destinadas ao combate da pandemia. “Em comum acordo, os parlamentares abriram mão de R$ 8 bilhões de emendas individuais e de bancadas, recurso esse que vai diretamente ao Ministério da Saúde“, disse ele.

O presidente voltou a falar em “histeria” e disse que um possível aumento nas taxas de desemprego pode ser mais nocivo do que o vírus em si. “Não podemos entrar em pânico. Temos que tomar as medidas necessárias, mas sem histeria”, afirmou. “Se crescer muito o número de desempregados, pode ser muito pior”. Ele disse que o Brasil precisa continuar se movimentando e que as medidas não podem colocar em prática o setor produtivo. Ele pediu que o governo centralize as atuações por meio de um conselho de crise. “A primeira sugestão é que se crie um comitê de gestão sobre a sua presidência para que haja a participação de todos nós”, apelou.

Entre os presentes, estavam representantes de diversos setores, como o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha. Em sua manifestação, Skaf elencou a saúde como prioridade em detrimento à atividade econômica e disse que o setor privado pode ajudar na gestão da crise. “Todas as necessidades, como materiais, estamos dispostos a ajudar. Na área econômica, podemos colaborar muito”, afirmou. “Nós estamos à disposição para ajudar nesta guerra. Nós temos a consciência que primeiro tem que ser controlada a situação da saúde”, disse. “A iniciativa privada quer participar, não para pedir, mas para dar”.

O dono da construtora Cyrela, Elie Horn, famoso por sua atuação filantrópica, apelou para que os empresários se motivem a ajudar durante a crise. “Sugiro que haja menos egoísmo do empresariado. Temos que compensar o egoísmo que fazemos uso normalmente”, disse ele. Já o empresário Abílio Diniz pregou que as pessoas se isolem para que a disseminação do vírus seja contida. “Não podemos impedir o trânsito de mercadorias e pessoas, mas temos que nos mobilizar para que as pessoas fiquem no mesmo lugar”, disse ele, afirmando que a decisão de isolamento tem que ser centralizada pelo Governo Federal, para evitar que a doença se alastre ainda mais nas regiões Norte e Nordeste do país.

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