Suspeitos de facilitar fuga em massa se negam a dar declarações em depoimento

Antônio Coca

Suspeitos de facilitarem a fuga em massa do Presídio de Pedro Juan Caballero, os 30 agentes penitenciários, o chefe de Segurança Matías Vargas, e o diretor da penitenciária, Cristian González, se abstiveram de dar declarações e se mantiveram em silêncio durante depoimento, nesta segunda-feira (20). A fuga de 76 prisioneiros ligados à organização brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC) foi descoberta no último fim de semana.

De acordo com informações do site paraguaio ABC Color, os agentes de segurança, que foram demitidos, não quiseram colaborar com as investigações sobre o caso e o Ministério Público avalia pedir prisão preventiva.

O Fiscal (cargo que no Brasil equivale a um promotor de Justiça) Reinalda Palácios, afirmou que as investigações estão apenas no começo e imagens do circuito fechado do presídio já foram encaminhadas à perícia. Expectativa é que os vídeos esclareçam se os presos fugiram por um túnel ou saíram aos poucos pela porta da frente. Os presos ligados à administração penitenciária foram demitidos e são investigados por suspeita de corrupção policial, libertação de prisioneiros e associação criminosa.

Fuga em massa

Nas primeiras horas da madrugada, 76 prisioneiros fugiram. Presume-se que tenham escapado da prisão por um túnel com a cumplicidade de autoridades ou como disse um recapturado, saíram normalmente pelo portão.

A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, disse que “a possibilidade de envolvimento de agentes penitenciários corruptos” é alta. “Impossível que eles não tenham visto a quantidade de areia em uma das celas. O túnel foi cavado de uma cela que vai para o lado da prisão. Não é possível que os funcionários não tenham visto uma saída no perímetro da penitenciária. Existe um conluio brutal óbvio”, disse.

O ministro do Interior, Euclides Acevedo, afirmou que a fuga foi uma libertação de prisioneiros. “Já nos dias anteriores vários dos fugitivos teriam deixado a prisão pela porta principal. Isso implica que, com efeito, toda a penitenciária está envolvida”.

Do lado brasileiro, as forças de segurança, estaduais e federais reforçam a atuação na fronteira. Mais de 200 policiais atuam na região, e a maioria dos carros que transitam nas rodovias que levam a Ponta Porã estão sendo abordados.

Nesta segunda-feira, dois presidiários foram recapturados por equipes policias. O primeiro deles foi identificado como Eduardo Alves da Cruz e capturado por policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) durante a manhã. O segundo foi o paraguaio Sabio Darioario González Figueredo e foi encontrado em Amambay, no Paraguai.

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