Taques: “Querem jogar o nome da minha família no lixo; não vou permitir”

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não aceitará que o nome de sua família seja “jogado no lixo” em razão das prisões de seus primos, Jorge Zamar Taques e Paulo Taques. Os advogados foram presos, na manhã de quarta-feira (9), na Operação Bônus, 2ª fase da Bereré, que apura esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro no âmbito do Detran de Mato Grosso.

Em conversa com a imprensa, nesta quinta-feira (10), Taques disse não ter compromisso com o erro de ninguém, mas que não irá julgar os primos por não conhecer o teor do processo. “Este fato precisa ser investigado, mas eu não costumo e não vou julgar as pessoas antes de conhecer o processo. Não conheço o processo, não li o processo. As pessoas precisam ter direito ao contraditório e à ampla defesa e, aí, o Judiciário vai decidir”, disse.

“Estão querendo jogar o nome da minha família no lixo, e isso não vou permitir. Os adversários, aventureiros, aqueles que querem voltar ao passado, esses não preciso convencer. Me cabe falar ao cidadão. O nosso governo tem procurado fazer tudo o que é correto. Agora, eu não posso ser responsável por todos os atos de todos os servidores. Aliás, não sei nem se houve ato na nossa administração”, disse.

Taques negou que o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, tenha influência ainda no Governo, segundo apontaram as investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Afirmou que sua administração fez o que foi possível em relação ao contrato da EIG Mercados (empresa pivô do esquema) com o Detran.

“Eu não converso com Paulo Taques há quase ano. Não há nenhuma influência dele no Governo, tanto que todas as áreas [da Casa Civil] já foram preenchidas. Mas precisa provar qual ato foi esse. Qual ato o nosso Governo praticou de errado, de ilícito, de imoral, para que seja responsabilizado. Objetivamente é isso”, afirmou.

“Vou querer saber qual ato foi praticado na nossa administração que trouxe prejuízo ao cidadão. Porque nós praticamos todos os atos necessários. Fomos ao MPE, todos os secretários foram lá. Se foi praticado algum ato [errado], as pessoas têm que ser responsabilizadas. Ninguém está acima da lei. Minha família está aqui desde 1720. Não vou permitir que aqueles que roubaram Mato Grosso possam enxovalhar, menoscabar, minha família”, disse.

Sem temor

Taques disse não temer que a prisão dos primos possa macular sua imagem. Disse que seu julgamento ocorrerá no momento certo pelo cidadão.

“Isso quem vai avaliar é o cidadão no momento correto. Eu não tenho medo de julgamento. Não tenho medo de investigação. De absolutamente nada disso. Aliás, o processo é um instrumento de dignidade. Serve para condenar, mas também para absolver”, afirmou.

“Bônus”

A segunda fase da Operação Bereré, batizada de Bônus, é coordenada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco/Criminal) e pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). A ação apura um esquema que pode ter desviado R$ 27 milhões por meio de um contrato do Detran com a empresa EIG Mercados.

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