Veículos incendiados foram utilizados em execução na capital

A polícia não tem dúvida de que os dois carros incendiados no começo da noite de sexta-feira (26) em Campo Grande, foram utilizados na execução de Orlando da Silva Fernandes (41), o “Bomba”, crime ocorrido por volta de 18h na Rua Enramada, Jardim Autonomista. ‘Bomba”, que tinha forte ligação com o crime organizado na fronteira Brasil/Paraguai, foi executado ao sair de uma barbearia e seguia em direção a sua caminhonete Hilux.

O que restou de uma placa

O primeiro veículo, de cor vermelha, foi incendiado em uma rua de terra na região do Jardim Seminário. Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada, mas nada pode fazer pois o veículo já estava consumido por chamas. Junto ao veículo, foram encontradas várias munições.

Quase que ao mesmo tempo o Corpo de Bombeiros era acionado para outro incêndio em veículo, dessa vez na Rua Martine de Moraes proximidades da Rua Semíramis, no Bairro Rita Vieira. O veículo que também foi destruído, tratava-se de um Hyundai com placas do interior do Estado de São Paulo. Nele, foi encontrado um carregador (pente)) de fuzil ou metralhadora. Pelo local onde o veículo foi incendiado, a polícia deduz que o anel viário tenha sido a rota de fuga dos envolvidos na execução.

No veículo queimado no Rita Vieira, carregador de arma

Hipóteses

Várias hipóteses estão sendo aventadas sobre a execução de “Bomba”, cuja trajetória eras marcada nos últimos anos por ligações ao crime organizado, principalmente do narcotráfico. Trabalhou com Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, preso em julho do ano passado em Sorriso (MT), onde vivia como uma pessoa comum após passar por várias cirurgias plásticas.

Cabeça Branca já foi o mais procurado da América Latina e começou suas atividades em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Ele também foi sócio de Jorge Rafaat, executado a tiros de metralhadora calibre 50 no dia 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero.

Orlando também foi preso por lavagem de dinheiro e posteriormente passou a integrar a segurança de Jorge Rafaat, de quem se tornou homem de confiança. Nessa condição era responsável por cuidar de toda a movimentação do patrão e escolher quem integrava a equipe de segurança.

Informante

Em outra hipótese, consta que na fronteira as investigações sobre a execução de Raafat, teriam indicado que “Bomba” teria vendido informações de detalhes e a rotina da segurança do patrão quando ele foi assassinado em uma ação cinematográfica com uso inclusive de metralhadora calibre 50. Em seguida ao crime, “Bomba” teria ido até a casa de Rafaat e detentor da senha do cofre, roubou grande quantia em dinheiro e dez fuzis, não se intimidando com a presença da família na casa. O caso é investigada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídio.

Veículos se transformaram em bola de fogo

 

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