A Câmara da cidade paulista de Araçatuba aprovou projeto do vereador Gilberto Mantovani, (PR), que proíbe a instalação de empresa de transporte de valores no perímetro urbano do município. A proposta segue agora para o prefeito Dilador Borges (PSDB), que pode sancioná-la ou vetá-la.
Segundo a propositura, as empresas do ramo que estão sediadas dentro do perímetro urbano terão o prazo de um ano para encontrar um novo lugar para se instalarem de acordo com as regras que a lei estabelece. Duas firmas desse tipo estão nessa situação em Araçatuba, entre elas, a Protege, que foi alvo de assaltantes no ano passado. Atualmente, a empresa está no Jardim Presidente.
Caso Dilador sancione a norma, as empresas de transporte de valores só poderão ser implantadas em áreas rurais e em locais onde não existam colônias agrícolas, condomínios rurais ou áreas com adensamento populacional. Caberá ao Executivo regulamentá-la e ela entrará em vigor 120 dias após a sua publicação.
O vereador apresentou o projeto no mesmo dia em que Araçatuba passou pelo seu maior assalto, quando bandidos fortemente armados roubaram a Protege, que ficava no bairro Santana, após explodirem o muro do prédio da empresa. Os ladrões ainda atiraram contra PMs na sede do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior), que teve o acesso bloqueado por dois caminhões que foram incendiados. Outro caminhão foi utilizado para interditar o trânsito da rodovia Marechal Rondon. Um policial civil morreu durante a ação. Até o momento, os autores do roubo não foram presos.
Opiniões
Durante a sessão, o vereador disse que vários municípios do Estado de São Paulo e do Brasil passaram por momentos de terror. “Não foram só os vizinhos daquela região em volta do prédio da Protege. Foi a cidade inteira”, afirmou o parlamentar. De acordo com ele, existe um projeto semelhante na Assembleia de São Paulo. “Queremos dar segurança aos munícipes”, assinalou o vereador.
Já o vereador Almir Fernandes Lima (PSDB) disse que o projeto pode entrar em conflito com futura lei estadual, pois a proposta que está tramitando na Assembleia dá prazo de dois anos para as empresas do ramo se adequarem. O tucano, apesar de concordar com a relevância da propositura, alertou que o município pode perder empresas para cidades circunvizinhas.
Arlindo Araújo (PPS) disse que a proposta era bastante oportuna. “Pelo que tem acontecido, é fácil perceber a incapacidade do Estado em dar segurança à população”, falou o pepessita.
Aguardando
A Prefeitura de Araçatuba informou, por meio de nota, que aguarda o Legislativo encaminhar o projeto para o Executivo. “Só depois disso, será possível conhecer o teor completo do projeto e ser discutido o veto ou não”, disse a administração municipal. Apesar de procurada, a empresa não se manifestou.
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