GAECO faz operação em Ponta Porã, Campo Grande e outros dois estados

Antônio Coca

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã desta quarta-feira (24), a Operação Last Chat, desmembramento da Operação Courrier, para cumprimento de 55 mandados judiciais de prisão preventiva e busca e apreensão, em Campo Grande, Ponta Porã, São Paulo e Fortaleza.

Conforme o MP, a Operação Last Chat visa desmantelar uma organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em 5 Estados desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e cerca de 40 integrantes e apoiadores já identificados, entre os quais policial militar, servidor público municipal e três advogados.

Além do tráfico de drogas, a organização criminosa atua fortemente no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico. A quadrilha utiliza laranjas para a compra de Porsche, caminhões e outros veículos de luxo.

O líder do grupo foi identificado como sendo Rafael da Silva Lemos, o “Gazela” ou “Patrão”, contra quem pesam condenações criminais que somam mais de 49 anos de prisão. Para liderar organização criminosa complexa do interior do sistema penitenciário, Gazela usa aparelhos celulares e também os advogados acusados de repassar as ordens dele para membros da organização que estão soltos.

As investigações tiveram início a partir da análise de aparelho celular apreendido em posse de uma advogada presa durante a Operação Courrier, mas beneficiada com prisão domiciliar dias depois, a quem o líder contatava por mensagens para a prática de obstrução de investigações, lavagem de dinheiro, corrupções, entre outros crimes.

No transcorrer dos trabalhos, foi possível apreender mais de 4 toneladas de maconha, mais de 3 mil comprimidos de ecstasy, centenas de munições e carregadores de fuzil de calibre 762 e pistolas cal. 9mm, pertencentes à organização criminosa, apreendidos em ações policiais. De acordo com levantamento realizado pelo GAECO, as apreensões geraram um prejuízo ao crime organizado superior a R$ 9 milhões.

Equipes dos GAECOs do Ministério Público dos Estados do Ceará e de São Paulo, da Diretoria de Inteligência e do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Gerência de Inteligência Penitenciário da AGEPEN/MS, além da Assessoria Militar do MPMS, prestaram apoio operacional ao GAECO/MPMS. A operação também contou com a participação da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil.

Fuga de Gazela

No dia 27 de dezembro do an0o passado, Rafael da Silva Lemos, que estava cumprindo pena no Estabelecimento Penal Masculino de Regime Semiaberto e Aberto de Dourados, fugiu durante uma consulta médica e continua desaparecido.

 

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