A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República encontrou os 261 itens que eram dados como desaparecidos do mobiliário do Palácio da Alvorada. Os objetos estavam espalhados pela residência oficial do presidente da República e foram localizados em setembro do ano passado — 10 meses depois da primeira inspeção no local. O suposto sumiço dos itens do inventário do Alvorada causou mal-estar envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja com os antecessores de ambos — Jair e Michelle Bolsonaro. Porém, a notícia de que os móveis e outros objetos que integram a decoração da residência presidencial reapareceram voltaram a agitar as redes sociais.
O ex-presidente, por meio de sua conta no X (antigo Twitter), atacou Lula. “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”, publicou. A acusação foi reforçada pelo filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) — que acusou o presidente de mentir para justificar gastos públicos. “O desonesto Lula mentiu! Acusou Jair Bolsonaro para poder gastar o dinheiro dos brasileiros comprando móveis de luxo para sua majestade real”, publicou, na mesma rede social. O parlamentar se referia à compra feita por Lula e Janja de móveis para reequipar o Alvorada, em substituição aos itens até então desaparecidos, no qual foram gastos quase R$ 200 mil.
O reaparecimento dos utensílios foi adiantado pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmado pelo Correio Braziliense. Lula passou o primeiro mês de mandato morando em um hotel no centro de Brasília, afirmando que o Alvorada e a Granja do Torto — residência de veraneio da Presidência — estavam deteriorados. Em um café da manhã com jornalistas, ele expressou indignação com sumiço dos itens.
“Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então, a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público”, acusou Lula.
A primeira inspeção, em novembro de 2022, atestou que 261 bens estavam desaparecidos. A segunda conferência ocorreu no início do ano passado e localizou 173 peças. A última foi feita em setembro e atestou que nenhum item havia sido extraviado pelo casal Bolsonaro.
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência confirmou que a busca dos bens foi concluída em setembro passado. “Os trabalhos foram finalizados somente em setembro do ano passado, quando todos os bens foram encontrados em dependências diversas da residência oficial. Ou seja, houve um descaso com onde estavam esses móveis, sendo necessário um esforço para localizá-los todos novamente”, afirmou.
Correio Braziliense
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