Ideia de fechar Centro de Saúde e abrir hospital infantil aborrece população que define o caso como jogada política

A prefeitura de Campo Grande está considerando encerrar o atendimento 24 horas no Centro Regional de Saúde (CRS) do Tiradentes para dar lugar a um novo Hospital Infantil Municipal. Embora a proposta seja vista como um avanço em direção ao cuidado especializado com as crianças, enfrenta resistência tanto da população local como dos trabalhadores na saúde.

O caso é alvo de matéria especial na tarde desta quarta-feira (15) da revista A Foto, com o destaque de que embora a proposta seja vista como um avanço em direção ao cuidado especializado das crianças, enfrenta grande resistência por parte dos profissionais de saúde e da população local.

Consta que a transição para Hospital Infantil ainda está sem data definida. Uma das grandes preocupações é a falta de pediatras na rede municipal, o que tem dificultado a elaboração das escalas médicas. Além disso, a estrutura física do prédio não recebeu nenhuma adaptação para atender crianças, não existe ali itens como berços e salas apropriadas para essa finalidade, conforme lamentam funcionários da prefeitura que por razões óbvias não se identificam.

Para a maioria dos trabalhadores e para moradores na região atendidos no Centro de Saúde, a ideia é mais uma jogada política em ano de eleição que um serviço de fato voltado para a população. A falta de planejamento, somado à pressa em aplicar a mudança em ano eleitoral, gera questionamento sobre a eficácia da medida.

Para grande parte das pessoas “se a prefeitura de fato quisesse fazer alguma coisa para a cidade, começaria pela construção de um hospital municipal e ali concentrar o serviço destinado às crianças, questiona um crítico da mudança. As pessoas também lembram que priorizar atendimento infantil prejudicando uma unidade 24 horas é desamparar a população. Outra questão é a localização, as pessoas lembram que o atendimento infantil ao menos em tese, será para atender toda a cidade, com isso, deve estar instalada em uma região central para todos, numa localização em que a maior parte dos moradores não tenham que atravessar a cidade para obter atendimento.

Na tarde de hoje um líder comunitário ao tratar do assunto, lembrou que a prefeita da cidade deve analisar muito bem a situação. Ele ainda chamou a atenção dos vereadores de Campo Grande destacando que diante dessa possibilidade aventada pela prefeitura, pensem na população se consultados, ao invés de simplesmente responderem com o amém, protestem contra a ideia.